Tese: Influência de Micro-Pontos de Solda na Resistência í Fadiga de Aços de Baixo Carbono
Aluno(a) : Renato Reis MachadoOrientador(a): José Luiz Freire
Área de Concentração: Mecânica Aplicada
Data: 28/08/1997
Link para tese/dissertação: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=24816@1
Resumo: As dificuldades para a instalação e proteção de Extensômetros de Resistência Elétrica (EREs) em ambientes inóspitos pelos processos normais de colagem, limitam bastante seu uso. A utilização de extensômetros soldáveis pode reduzir sensivelmente os problemas de instalação e proteção, oferecendo uma ampliação na faixa de utilização e abaixando seu custo. Os ESs sío instalados nos componentes estruturais metálicos a partir de micro-pontos de soldas, gerados por instrumentos soldadores que trabalham através de descargas capacitivas. Estes micro-pontos geram dois efeitos. Um deles afeta a distribuição das macro tensões atuantes na regiío. O outro efeito está relacionado com a mudança na estrutura do material, nas suas propriedades mecânicas, e tem implicações na geometria da superfície. No presente trabalho, procurou-se estudar a influência da instalação de EREs soldáveis na residência à fadiga de ação de baixo carbono, através da soldagem de pequenas chapas finas de aço inoxidável com espessura de 0,1 mm, em espécimes de aço-carbono. Os espécimes utilizados foram retirados de chapas de aço estrutural, utilizados em plataformas marítimas (ASTM A-36 e o USIMINAS SAR-60). Os testes de fadiga foram feitos em uma máquina de flexío rotativa UBM e em uma máquina INSTRON 8501 servo-hidráulica, em tração-tração, ambos em controle de carga. A partir dos resultados obtidos, das análises efetuadas e considerando espécimes com bases de medidas longas, ensaiados sob flexío rotativa e tração-tração, pode-se concluir que estes micro-pontos de solda nío influenciaram de maneira significativa a resistência fadiga dos materiais testados. A ausência de influência destes micro-pontos na resistência à fadiga foi também detectada a partir de avaliações feitas nas regiões de fratura dos corpos de prova, onde a grande maioria aconteceu nas regiões próximas aos ombros dos espécimes. Isto pode ter acontecido devido a: defeitos de usinagem na regiío do ombro, formação de tensões residuais compressivas ao redor dos micro-pontos de solda e fortalecimento da regiío dos micro-pontos pela transformação microestrutural de ferrite em martensita.